segunda-feira, 7 de julho de 2008

Inflação para baixa renda sobe para 9,11% no ano

A disparada dos preços dos alimentos voltou a puxar a alta dos preços para a população de baixa renda em junho. O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para as famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos, registrou variação de 1,29% no mês. A taxa é pouco menor que a registrada no mês anterior, quando ficou em 1,38%. Nos seis primeiros meses do ano, o índice acumula alta de 5,97% e, nos últimos 12 meses, a elevação é de 9,11%. Em todas as comparações, o IPC-C1 supera as taxas para o conjunto da população, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC-BR). No mês passado, o IPC-BR ficou em 0,77%. Já o acumulado no ano ficou em 3,84% e em 12 meses, 5,96%.
Peso dos alimentos
Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), as taxas maiores são resultado da alta dos preços dos alimentos, que têm maior peso sobre o IPC-C1 do que sobre o IPC-BR. Na passagem de maio para junho, os alimentos tiveram alta de 18,88%, elevando para 79% o impacto do grupo sobre o resultado geral do IPC-C1. Em 12 meses, tiveram destaque as altas registradas pelo arroz branco (45,78%), feijão carioquinha (137,51%), batata inglesa (19,39%) e carnes bovinas (44,13%). Também contribuíram para o acréscimo da taxa do IPC-C1 nos últimos 12 meses os grupos habitação (de 2,05% para 2,32%), saúde e cuidados pessoais (de 3,54% para 4,04%) e vestuário (de 4,84% para 5,43%). A taxa do grupo transportes repetiu em junho, a taxa acumulada em 12 meses até maio, que foi de 2,52%. Em contrapartida, os grupos educação, leitura e recreação (de 5,04% para 4,79%) e despesas diversas (de 4,94% para 4,60%) registraram decréscimos em suas taxas de variação em 12 meses.


Fonte: Portal G1

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