segunda-feira, 21 de julho de 2008

Arrecadação sobe mesmo sem CPMF

A arrecadação de impostos e contribuições federais, o que inclui as receitas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e as demais receitas (royalties e concessões, entre outros), bateu novo recorde histórico no primeiro semestre deste ano, segundo dados da Receita Federal divulgados nesta segunda-feira (21).

De janeiro a junho de 2008, a arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 327,6 bilhões, o que representa um crescimento real, isto é, acima da inflação, de R$ 31,4 bilhões sobre os seis primeiros meses de 2007.
Os números mostram ainda que a arrecadação total apresentou crescimento real de 10,4% nos primeiros seis meses deste ano. No primeiro semestre de 2007, para se ter uma idéia, a arrecadação subiu 10,02% em termos reais.

CPMF e IOF
Deste modo, a arrecadação cresceu mais no primeiro semestre deste ano, do que em igual período de 2007, mesmo sem a cobrança da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF) - que estava estimada em cerca de R$ 40 bilhões para 2008.

Entretanto, o governo pôde contar, neste ano, com uma arrecadação maior do IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) - uma vez que a alíquota do tributo foi elevada no início deste ano para compensar justamente a perda da CPMF. Em maio, com recolhimento em junho, também passou a valer o aumento da CSLL dos bancos de 9% para 15%, o que resultou na arrecadação de quase R$ 300 milhões a mais no mês passado.
No acumulado de janeiro a junho deste ano, o IOF arrecadou R$ 9,81 bilhões, contra R$ 3,9 bilhões em igual período do ano passado. Ou seja, um aumento real, acima da inflação, de 151%, ou quase R$ 6 bilhões. A expectativa da Receita era de que o IOF maior trouxesse R$ 8,5 bilhões em arrecadação extra em 2008. Deste modo, os números mostram, embora a Receita não admita, que essa projeção será superada com folga.
Fatores para o crescimento
A Receita Federal informou que a arrecadação avançou de janeiro a junho deste ano por conta do crescimento da economia brasileira, que aumenta os impostos pagos, além da ação do órgão no combate à sonegação de tributos.

A Receita informa que o maior crescimento da economia gerou uma elevação de 14,2% nas vendas; da elevação de 24,2% no volume de vendas de automóveis; no crescimento de 6,7% da produção industrial no doze meses até junho; do crescimento de 46,8% do valor em dólar das importações; além da elevação de 14,4% da massa salarial. Esses fatores, que derivam todos do maior crescimento da economia brasileira, foram responsáveis pelo crescimento de 27,6% na arrecadação do Imposto de Importação; de 18,3% no IPI-Automóveis e de 12% no Imposto de Renda Pessoa Física e de 20,7% no IR das empresas.
Mês de junho
Somente no mês de maio, a arrecadação federal totalizou R$ 55,7 bilhões, o que representa uma elevação real de 7,1% frente ao mesmo mês do ano passado.

Fonte: G1

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